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Crises econômicas no Brasil e oportunidades

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Por falar em crises econômicas. Aqui no Brasil somos experts

Era 2013, eu não sabia e não entendia muito bem o que era economia e como funcionavam as crises econômicas. Contudo, eu já tinha interesse em aprender mais sobre dinheiro e como a economia funcionava. Minha primeira experiência foi um livro gigantesco de trading que mal cheguei a página 3, tamanha a complexidade. Mais tarde, conheci alguém que me mostrou como investir usando termos e técnicas mais simples. Então, me aprofundei, li bastante, devorei livros e pesquisas. Assisti incontáveis horas de vídeo aulas no YouTube. Fiz alguns cursos on-line de verão em Stanford e Harvard (via site).

Meses depois eu entendia o que estava acontecendo na economia brasileira. Eram temas e palavras que pareciam simples. Mensalão, pedaladas fiscais, senado, câmara e a presidente na época Dilma Rousseff.

De 2013 para frente eu ganhei calos (e casca) como investidor. Passei por crises políticas, econômicas e ambientais: Dilma (2015-16), esquema de corrupção do Temer (2016-19), rompimento de Brumandinho(2019), COVID (2020) e crise de juros (2025?). Ademais, vamos debater sobre e procurar soluções.

crises na bovespa nos utlimos 10 anos

Como saber quando estamos em crise econômica?

Para começar vamos entender quando se está ou não em uma crise. Mas, para isso. Temos que entender porque crises financeiras acontecem. Isso é muito complexo mesmo. Para que esse texto não tenha 4000 palavras. Vamos ser gente boa e colocar a culpa em dois fatores: Política e Comportamento da massa. Vide as crise das Tulipas, o subprime nos EUA e a crise na Europa.

Para exemplificar as crise com base em política. Vamos tentar entender sobre ciclos econômicos aqui vendo esse vídeo do Ray Dalio. Aonde ele explica que dependendo da taxa de juros atual. Temos um comportamento para crédito, investimentos e crescimento/estagnação de um país. Entretanto para exemplificar crise causadas por efeito de massas, vamos usar o exemplo recente do WallStreet bets e a Gamestop. Você pode ler esse artigo aqui e aqui, e; de concluir com esse video aqui.

homem de oculos estampado gamestop e falando sobre wallstreet bets nas crises econômicas

Como saber se estamos em crise?

Existem várias formas e elas são mais práticas do que imagina:

  • VIX, volatility index. Desenvolvido pela CBOE. Esse índice mede o medo no mundo. Acima de x pontos = medo. Abaixo de x pontos = euforia. 
  • Google trends, dahhhh. Rastrear uma palavra chave e entender se tem muitas buscas em determinada região pode indicar desestabilização.
  • Redes sociais. Fenômeno novo, mas que contém várias validações científicas indicando que quando determinado assunto tem muita interação. Há relevância sobre aquele assunto.
  • Câmbio, quando o preço do dólar dispara em relação a sua moeda. Já era. Está lá.
  • Dia a dia. Eu experimentei em 2013 uma sensação única e ruim na minha vida. Que foi o fato de perceber minha comissão semanal saindo de R$400 para R$130, um número maior de mendigos e pedintes na rua. E, muitos assaltos e roubos ocorrendo nas regiões em que eu estava. 
  • Pesquisas mostram que manchetes de jornais televisivos vão contra a realidade. Por exemplo, operar Bitcoin contra as manchetes da CNBC. Teve acerto superior há 90%.
  • CNN fear and greed, um índice que se baseia no VIX para medir medo e ganância.

Sim, meu amigos e amigas. Não é ciência espacial. É apenas, lógica e percepção.

Como posso me aproveitar das crises econômicas?

A maneira de ganhar dinheiro é comprar quando o sangue está correndo nas ruas. John D. Rockefeller

Há muitos anos atrás um veterano da Bovespa me disse: 

Juros baixos: Compra Ações e vende tesouro.

Juros altos: Compra tesouro e vende ações.

Ele só se esqueceu do mais importante… o tal do timing… Contudo, faz sentido porque: Juros altos proporcionam maiores taxas de retorno (SELIC)  do nosso tesouro e como consequência a renda variável perde a graça e as ações caem. Em contrapartida com juros baixos, a renda fixa fica sem graça e as ações são o foco do momento. Sobretudo, resta só uma pergunta. Quando??? 

Nossa missão como investidor é reunir o maior número possível de evidências para que possam se somar aos fatores quantitativos e aumentar nossas probabilidades de sucesso em cada aplicação. No entanto, sempre nos esbarramos com o tempo. Se soubéssemos quando entrar, permanecer e sair de um investimento. Estaríamos todos agora em um iate atracado em Dubai tomando Dom Perignon. Contudo, a vida não é um mar de rosas… Em meus anos de investimento eu esbarrei com o tempo ou timing muitas vezes. Todavia, não sabendo o momento EXATO de entrar/sair. Portanto, eu decidi que era melhor entrar antecipado e sair antecipado também. 

O meu jeito de agir em crises

Portanto, não que isso seja uma regra. Assim sendo, eu particularmente prefiro comprar ações quando estão em queda livre e gosto de vender uma parte delas quando o price to book chega em 2-3. Somado a isso, quando todos estão falando de ações (inclusive meu barbeiro). Normalmente eu já começo a pegar os bois pelo chifre e realizar uma parte dos lucros. Todavia, vamos finalizar o pensamento resumindo timing:

  1. Compro, quando ninguém mais quer e “há sangue nas ruas”. É aquela lista que coloquei lá em cima.
  2. Mantenho, enquanto eu entender que ainda há valor naquele investimento. E, sim. Isso é subjetivo (infelizmente).
  3. Realizo vendas parciais quando a euforia e ganância extrapolam os níveis e todo mundo fala sobre os ativos “mais quentes do momento”. (Vide Bitcoin em 2025.)

Conclusões sobre comprar e vender durante as crise financeiras

Eu poderia vir com essas conversas de Coach. Mas, sinceramente todos estão fartos disso. Entretanto , quero deixar soluções diferentes para o leitor interessado em aproveitar essas crises 

  1. Aumente sua capacidade de ganhar. Isso mesmo que você leu. Muita gente quer ser empresário, CEO de empresa grande ou criar uma tecnologia inovadora. Leia, faça cursos grátis, entre em fóruns e comunidades, converse com pessoas que você admira e sobretudo absorva das pessoas mais velhas. Imediatamente, crie um plano e comece a agir pequeno. Aos poucos mesmo. Preste serviço de freelancer, compra e venda coisas, dirija um Uber ou ajude alguém. Só comece e você vai magnetizar o dinheiro.
  2. Pratique esportes. Isso é tão subestimado… Você diminui a ansiedade e stress. Ganha endorfina, aumenta sua saúde e ajuda o seu corpo e sua mente a melhorar. Nem precisa de dinheiro para começar. Calce algum tênis e saia para caminhar, pegue sua bicicleta velha ou simplesmente chame alguém pra treinar com você. Em momentos de crise isso vai te ajudar muito (a esperar a hora certa de entrar/sair ou para manter uma posição perdedora/vencedora).
  3. Analise seus investimentos mensalmente. Se puder, eu recomendo analisar anualmente. Isso vai te tornar menos suscetível a querer tomar ações sobre seus investimentos, diminui sua ansiedade e você ganha tempo para desenvolver outras atividades. Escreva algo para a internet, vai fazer aula de yoga com seu companheiro(a), aprenda a pintar ou programar. Não importa o que, mente vazia é oficina do diabo. Ocupe sua mente com hobbies bons. De preferência hobbies que te dão mais saúde ou mais conhecimento. Senão, relaxa e ponha as séries e filmes em dia. Netflix, Amazon e Hbo estão te esperando.

Perguntas frequentes (e recorrentes) sobre crises financeiras 

Quais foram as crises econômicas no Brasil?

Crise de 1990 
  • O PIB encolheu 4,3%.
  • O então presidente Fernando Collor de Mello confiscou o dinheiro da população.
Crise de 2014/2017 
  • Foi causada por uma série de choques de oferta e demanda.
  • Foi resultado de erros de políticas públicas.
Crise da delação da JBS 
  • Foi um escândalo de corrupção que envolveu a JBS, políticos e autoridades brasileiras.
  • Surgiu em maio de 2017.
Qual a maior crise no Brasil?
  • A crise econômica brasileira de 2014, também conhecida como a recessão de 2015/2016, crise político-econômica ou a grande recessão brasileira, teve início em 2014, embora só fosse claramente percebida nos anos seguintes. O produto interno bruto (PIB) do país caiu 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016.
Qual foi o pior ano para a economia do Brasil?

A economia do Brasil enfrentou vários anos de crise, como em 2008, 2014, 2015, 2016, 1931 e 2020. 

2008 

A crise econômica mundial de 2008 afetou o Brasil, causando falência de empresas, colapso financeiro e aumento do desemprego.

2014/2017

A crise de 2014/2017 foi causada por erros de políticas públicas, que reduziram a capacidade de crescimento do país.

O PIB do Brasil caiu 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016.

1931 

O Brasil sofreu uma recessão de 3,3% do PIB em 1931, devido à queda das exportações de café para os Estados Unidos.

2020

O Brasil registrou uma queda de 4,1% no PIB em 2020. 

A década de 2011 a 2020 foi a pior para a economia brasileira em 120 anos. 

Outros anos com crises 1981: -4,3% no PIB, 1990: -4,3% no PIB.

O que foi a crise de 2014 no Brasil?

A crise de 2014/2017 da economia brasileira teve como origem uma série de choques de oferta e demanda, na maior parte ocasionados por erros de políticas públicas que reduziram a capacidade de crescimento da economia brasileira e geraram um custo fiscal elevado.

Qual foi o período mais próspero do Brasil?

O país viveu uma excepcional fase do crescimento, no período que vai de 1968 a 1973, conhecido como “milagre econômico”, Na época, estava à frente da economia brasileira o ministro Antonio Delfim Netto, da extinta ARENA, e hoje deputado federal pelo PMDB de São Paulo.

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